A NASA está com uma situação meio complicada nas mãos – um asteroide com 72% de chance de colidir com a Terra nos próximos 14 anos. Então, qual é o plano? Isso ainda não é uma crise real, então não precisa entrar em pânico, mas é o tipo de cenário “e se” que a NASA está preparando. Asteroides, aquelas pedrinhas espaciais que orbitam o sol, podem não ser tão grandes quanto planetas, mas se um decidir visitar a Terra, pode ser um verdadeiro espetáculo.
Para se antecipar a um cenário desses, os cientistas da NASA têm executado uma simulação onde planejam para um asteroide com 72% de chance de um encontro muito indesejado com a Terra. Segundo a NASA, não há uma ameaça real de asteroide à vista, mas esses exercícios hipotéticos são super importantes.
Lindley Johnson, um oficial de defesa planetária aposentado da NASA, disse que, embora as condições iniciais fossem bem incertas, o exercício obrigou os especialistas a enfrentar uma situação difícil. Ele destacou: “Um grande impacto de asteroide é potencialmente o único desastre natural que a humanidade tem a tecnologia para prever anos antes e tomar medidas para prevenir.”
Na simulação, quase 100 especialistas se reuniram no Laboratório de Física Aplicada John Hopkins em Maryland para planejar uma resposta. Eles encontraram alguns problemas logo de cara. O tamanho e a trajetória do asteroide estavam nebulosos, e para complicar ainda mais, tiveram que esperar sete meses por melhores observações. Por quê? Porque o asteroide, nesse cenário fictício, tinha acabado de se esconder atrás do sol depois de ser descoberto.
Leviticus ‘LA’ Lewis da FEMA, que está trabalhando com o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA, comentou: “Nossa missão é ajudar as pessoas antes, durante e depois dos desastres. Trabalhamos em todo o país todos os dias antes que desastres aconteçam para ajudar as pessoas e as comunidades a entender e se preparar para possíveis riscos. No caso de um impacto potencial de asteroide, a FEMA seria um jogador principal na coordenação interagências.” Fica claro que se um asteroide estivesse vindo na nossa direção, não seria só a NASA em ação; seria todo mundo envolvido.
O exercício utilizou dados da missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART) da NASA, que é projetado para defender a Terra de ameaças de asteroides. Além disso, eles estão trabalhando no NEO Surveyor, um novo projeto destinado a acelerar a detecção de objetos potencialmente perigosos. Esta nova ferramenta está programada para ser lançada em junho de 2028.
Após concluir a simulação, a NASA planeja divulgar um relatório completo detalhando o que deu certo, o que deu errado e como podem melhorar o jogo de desvio de asteroides.
Como seria impacto caso a NASA não conseguisse desviar o asteroide?
Se a NASA não conseguisse desviar o asteroide, o impacto seria catastrófico. Um asteroide desse porte poderia liberar uma energia equivalente a milhares de bombas nucleares, causando destruição em massa no local de impacto. A onda de choque inicial destruiria tudo em seu caminho, incluindo cidades, florestas e infraestruturas vitais. A cratera resultante seria gigantesca, transformando o terreno em uma paisagem desolada.
Além da destruição imediata, o impacto lançaria uma enorme quantidade de poeira e detritos na atmosfera, bloqueando a luz solar por anos. Isso poderia levar a um “inverno de impacto”, uma queda drástica nas temperaturas globais. A agricultura seria severamente afetada, resultando em escassez de alimentos e fome em escala global. A diminuição da luz solar também afetaria os ecossistemas marinhos e terrestres, causando a extinção em massa de muitas espécies de plantas e animais.
Os efeitos a longo prazo seriam igualmente devastadores. A alteração climática resultante poderia durar anos, ou até décadas, afetando todos os aspectos da vida na Terra. As cadeias alimentares seriam interrompidas, levando a um colapso ecológico. As populações humanas restantes teriam que enfrentar uma luta constante pela sobrevivência em um ambiente drasticamente alterado e hostil.
Além disso, o impacto teria profundas implicações sociais e econômicas. A infraestrutura global, incluindo comunicações, transportes e redes de energia, seria severamente danificada. A recuperação seria lenta e difícil, exigindo esforços massivos de reconstrução e cooperação internacional. A capacidade dos governos e das organizações internacionais de responder a crises seria testada ao limite, e a vida cotidiana como a conhecemos mudaria para sempre.