Jelena Tompkins, uma norte-americana de 34 anos e corredora dedicada, nunca esperava que seu estilo de vida ativo e saudável tomasse um rumo inesperado. Em 2016, apesar de estar em ótima condição física e manter uma dieta rica em vegetais, Jelena começou a experimentar uma mudança peculiar; seus gases começaram a cheirar pior do que o usual. Inicialmente, ela ignorou o problema, atribuindo a mudança desagradável à sua dieta, e até tentou probióticos para equilibrar as bactérias do intestino, sem sucesso.
O alerta veio com um sintoma mais alarmante: o aparecimento de sangue nas fezes. Esse sintoma, impossível de ignorar, levou Jelena a discutir o problema com seu médico durante o check-up anual. O médico, ecoando os pensamentos iniciais de Jelena, sugeriu que sua dieta poderia ser a culpada. No entanto, como os meses passaram sem melhora, os profissionais médicos decidiram investigar mais a fundo, levando a uma série de testes focados nos hábitos alimentares dela.
Essas investigações culminaram em uma colonoscopia, decisão tomada três meses após a primeira visita ao médico. Os resultados foram chocantes e desoladores: câncer retal de estágio 3. “Eu estava em algumas das melhores formas da minha vida. Comia de forma saudável e nunca pensei que o câncer me atingiria em uma idade tão jovem”, Jelena contou para o The Patient Story.
Determinada a lutar, Jelena passou por 28 dias de radiação e quimioterapia oral, seguidos por uma cirurgia para remover o tumor. A cirurgia foi extensa, removendo 30 centímetros de seu cólon e 17 linfonodos, cinco dos quais eram cancerígenos. Após a cirurgia, Jelena enfrentou outro procedimento desafiador — uma ileostomia. Isso envolveu a criação de um estoma ao puxar uma parte do íleo por um buraco no abdômen, uma medida temporária para permitir que seus intestinos se curassem.
Dois meses após completar sua última sessão de quimioterapia, Jelena passou por outra cirurgia para reverter a ileostomia. Sem histórico familiar de câncer, sua jornada foi uma batalha inesperada, que ela enfrentou de frente. Agora em remissão, Jelena continua a gerenciar sua saúde com quimioterapia de manutenção e exames regulares.
Sua rotina inicial de acompanhamento era rigorosa, envolvendo tomografias computadorizadas e exames de sangue a cada três meses para monitorar seus níveis de antígeno carcinoembrionário (CEA) e a recuperação geral do sangue. Com o tempo, a frequência dessas consultas diminuiu. “Eventualmente, passou para cada 6 meses, cada ano, e agora eu apenas vou uma vez por ano para exames de sangue de acompanhamento e para consultar com meu oncologista”, ela explicou.
As redes sociais desempenharam um papel crucial em sua jornada, oferecendo uma plataforma para conexão e apoio. “Conectei-me com muitos outros que já haviam terminado o tratamento ou estavam passando por ele ao mesmo tempo que eu, apenas para ter esse grupo de apoio e saber que eu não era a única mulher jovem passando por isso”, compartilhou Jelena.