James Cameron, conhecido por sua obra-prima cinematográfica “Titanic”, sempre foi fascinado pelos eventos reais do desastre de 1912. Sua dedicação à autenticidade o levou a realizar múltiplos mergulhos ao local do naufrágio no Oceano Atlântico Norte, com o objetivo de recriar o trágico afundamento do navio da forma mais realista possível para seu filme. Apesar de seus esforços e da contratação de cientistas e engenheiros, Cameron revelou no especial da National Geographic, “Titanic: 25 Anos Depois com James Cameron”, que sua representação dos últimos momentos do Titanic estava apenas “meio certa”.
A representação do filme mostrou o Titanic afundando pela proa, elevando a popa no ar antes de o navio finalmente partir ao meio. Essa sequência dramática foi o resultado de extensos testes hidrodinâmicos e interpretação criativa. “O filme Titanic retrata o que acreditávamos ser uma representação precisa das últimas horas do navio”, explicou Cameron. No entanto, após anos de pesquisa e reflexão, ele admitiu: “Nos últimos 20 anos, estive tentando descobrir se acertamos nisso”.
A busca de Cameron pela precisão não parou com o lançamento do filme. Ele continuou a explorar a dinâmica do afundamento, envolvendo até a Marinha dos EUA, que ajudou a desenvolver dois modelos de simulação computadorizada do Titanic. Essas simulações revelaram que o navio só precisaria inclinar 23 graus fora da água antes de se partir ao meio, um detalhe que dá credibilidade aos relatos dos sobreviventes de que o navio se partiu.
Por décadas, a noção de que o Titanic se partiu ao meio foi recebida com ceticismo, pois muitos acreditavam que o navio afundou intacto. Não foi até a descoberta do naufrágio em 1985 que essa teoria foi confirmada, desafiando pressupostos anteriores e mudando nosso entendimento do desastre.
A história do Titanic não é apenas sobre o próprio navio, mas também sobre as pessoas que vivenciaram seu afundamento. Os relatos dos sobreviventes têm sido inestimáveis para montar os eventos daquela noite fatídica. No entanto, é importante lembrar que as condições estavam longe das cenas iluminadas retratadas nos filmes de Hollywood. A noite de 14 de abril foi sem lua, lançando aqueles a bordo na quase total escuridão enquanto o navio afundava, com apenas as estrelas fornecendo uma fonte de luz fraca. Esse detalhe adiciona uma camada arrepiante à tragédia, enfatizando o puro terror e confusão vividos pelos passageiros e pela tripulação. Na verdade, tudo aconteceu em uma escuridão muito maior do que a retratada no filme.
Uma simulação recente nas redes sociais reacendeu o interesse público no afundamento do Titanic, oferecendo uma visualização marcante dos últimos momentos do navio. Diferentemente da iluminação contínua vista nos filmes, essa simulação sugere que as luzes do Titanic teriam piscado erraticamente antes de mergulhar o navio na escuridão. Essa interpretação provocou reações dos espectadores, com um comentando: “Nossa, isso é intenso! Assistir o Titanic afundar assim é um lembrete marcante de quão selvagem e implacável a natureza pode ser”. Outro acrescentou: “Essa escuridão, esse horror, essa dor, esse medo”.
How Titanic sinking really looked pic.twitter.com/5jgU7AWyUm
— Science girl (@gunsnrosesgirl3) February 15, 2024
A representação da simulação do afundamento na escuridão forneceu uma nova perspectiva, tornando o desastre ainda mais aterrorizante e real para o público contemporâneo. “Nossa! No escuro, é tipo, 1000x mais aterrorizante!” comentou um espectador, capturando o aumento do senso de medo que vem com a ausência de luz.